Diante das grandes transformações que a moderna agricultura vem passando nas últimas décadas, o agronegócio passou a exigir mais dos agricultores no que diz respeito ao grau de aperfeiçoamento e de profissionalização nas técnicas que envolvem a produção rural, visando otimizar recursos e melhorar a produtividade de cada cultura.
Em decorrência das demandas no cenário agrícola, o mercado passou a oferecer diversas alternativas tecnológicas para aumentar a capacidade produtiva e administrativa nas lavouras. Isto em função dos constantes riscos que o agricultor está exposto e que definem o sucesso da produção agrícola. Sendo assim, tornou-se fundamental que o produtor tenha eficiência na aplicação dos recursos disponíveis como forma de assegurar a lucratividade em sua atividade. Assim, a obtenção de informações sobre os fatores que interferem na lavoura e de como se pode racionalizar os seus efeitos se tornou cada vez mais relevante.
Para suprir essas necessidades, uma tecnologia foi incorporada nos processos da lavoura, a Agricultura de Precisão (AP) que surgiu como um sistema de gerenciamento de informação, tendo seu crescimento potencializado a partir de avanços da tecnologia de referenciamento e posicionamento, como o GPS e de tecnologias de sensoriamento remoto. A Agricultura de Precisão passou por diversos aperfeiçoamentos ao longo dos anos, tanto da própria ferramenta, quanto de quem a opera, exigindo alta qualificação profissional.
A partir das ferramentas da Agricultura de Precisão, o agricultor consegue captar diversos dados e obter o fácil monitoramento da sua lavoura, o que consequentemente, aumenta as possibilidades de assertividade, e, acertando mais, logicamente, haverá uma diminuição nos custos operacionais.
Todavia, uma grande preocupação dos produtores rurais é quanto ao valor investido em Agricultura de Precisão, em relação ao retorno sobre isso, o que facilmente fica claro quando temos uma redução em média de 19% nos custos fixos da lavoura, como explica o Engenheiro Agrônomo, Rodrigo Rossato.
“Uma possibilidade que existe quando se faz o mapeamento de fertilidade do solo é a melhor distribuição dos fertilizantes e corretivos, podendo reduzir significativamente os custos do produtor. E, se em uma lavoura tivesse que ser aplicado uma tonelada ‘x’ de calcário ou adubo, mas a área em questão está mapeada e sua fertilidade é muito boa, então, é possível realocar esses recursos ou talvez reduzir um pouco a adubação, por exemplo.” – argumenta.