Estudos apontam que na década de 70 a produção de soja no Brasil chegava a atingir (aproximadamente) 10 milhões de toneladas por ano, ou seja, 28 sc/hectare. No decorrer dos anos, técnicas e melhorias nos processos foram incorporadas nas lavouras, o que fez com que esse número aumentasse significativamente. Atualmente, segundo o blog Canal Rural, a produção da safra 2016/2017 chegou a 105,9 milhões de toneladas, atingindo 52,1 sc/hectare.
Esses índices estão diretamente ligados, com a melhora na tecnologia de sementes, com o aperfeiçoamento do manejo do solo e o avanço da tecnologia para processos da agricultura. Exemplo desse avanço está nos maquinários que praticamente, substituíram vários processos manuais nos quais ocorriam falhas e não asseguravam a aplicação precisa dos produtos que eram utilizados. No entanto, chegou até os agricultores uma nova era: a agricultura de precisão (AP). Essa nova fase alia a tecnologia de informação, otimização da produção e eficiência na lavoura.
“A AP veio a somar nos processos da lavoura. No entanto, é uma tecnologia que está em constante aperfeiçoamento, pois cada vez mais a demanda é maior e esses procedimentos precisam ser atualizados e melhorados, sempre garantindo que haja retorno financeiro ao produtor.”– comenta o engenheiro agrônomo Rodrigo Rossato.
Com a implementação da agricultura de precisão, através do advento da tecnologia, alguns procedimentos foram automatizados, reduzindo o trabalho manual na coleta dos dados da lavoura e aumentando a eficiência operacional dos equipamentos. Por exemplo, o direcionamento do plantio, pulverizações e colheita através de GPS (Global Positioning System) permitem ganho no rendimento operacional das máquinas e menor sobreposição, evitando perdas de produtos e tempo de manobra. O posicionamento geográfico de cada mancha de fertilidade do solo também aumenta a eficiência da adubação e o menor desperdício da mesma, melhorando a rentabilidade. O sensoriamento remoto através de Vants, drones ou satélites permite monitorar as áreas produtivas de forma intensa sem estar diariamente sobre a lavoura, e visualizar os pontos de controle para tomada de decisão. Com isso, a automação permite executar os processos com menos erros, melhorando as taxas de retorno e, consequentemente, aumentando a produção e contribuindo também para a melhoria da eficiência da mão de obra das fazendas.
Portanto para a AP ser bem implantada e executada é necessário se cercar de profissionais especializados do setor que farão os diagnósticos necessários para implantar na propriedade ações que lhe tragam maior retorno financeiro em curto prazo e assim a tecnologia se perpetue na empresa rural.
“Embora o investimento em tecnologia seja significativo, a automação traz vantagens significativas na relação custo/benefício da lavoura.” -comenta o engenheiro agrônomo Leonardo Rossato.