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Agronegócio

Tamanduá da soja – o ciclo de vida destinado a prejudicar sua lavoura

6 anos atrás - por:

O cultivo da soja no Brasil evolui a cada safra com maiores tecnologias em tratamento de sementes, cultivo, aplicação de insumos e combate a pragas e doenças. Contudo, essa evolução do cultivo do grão trouxe também um aumento na ocorrência de diversas pragas, algumas delas em decorrência da monocultura e pelos sistemas de cultivo, como por exemplo o tamanduá ou bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus). Essa praga é considerada de difícil controle e vem ganhando espaços de discussão pelos danos que tem causado às lavouras.
O ciclo de vida desta inseto praga é muito é bem adaptado ao ciclo da soja, com a postura dos ovos, a larva e o inseto adulto, e todo este ciclo ocorre durante um ano. A larva hiberna no solo durante o frio e quando a temperatura ambiental aumenta com a chegada da primavera, ela se transforma em pupa e posteriormente no inseto adulto. Todas essas fases ocorrem no solo, sendo que aproximadamente no mês de novembro o inseto adulto sai do solo e inicia o seu processo de alimentação e oviposição, causando então, danos para a planta de soja.

Na fase adulta, o tamanduá da soja causa prejuízos raspando/desfiando as hastes da soja para se alimentar; nessa raspagem as fêmeas colocam seus ovos dentro da própria haste da soja e estes vão bloqueando a estrutura responsável por translocar a seiva e os nutrientes para a planta durante um longo período, provocando posteriormente o quebramento da planta.

Por se tratar de uma inseto praga residente seu manejo implica em considerar o histórico de ocorrências na área e, em especial, realizar o tratamento de sementes com inseticidas – medida que tem trazido bons resultados – eventualmente recebendo o complemento de pulverização em pós-emergência, quando o efeito residual do tratamento de sementes tenha terminado. Caso o agricultor não tenha tratado a semente, diante de uma infestação dos insetos, resta a possibilidade de controlá-lo com pulverizações.

Quando a população é alta na fase inicial da cultura e o dano atinge o broto da soja as plantas morrem, podendo haver perda de boa parte da lavoura. O dano é menor quando o ataque acontece mais tarde ou quando as larvas se desenvolvem na haste principal, formando galhas. Entretanto, nesse local a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas. Segundo especialistas, com o desenvolvimento das galhas ocorre a interrupção da circulação da seiva, fazendo com que a planta de soja perca um terço de sua produção em relação às plantas sadias.

 

Por:
AgroPrecision
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