O estádio reprodutivo das plantas de soja é denominado no setor agrícola como a fase R e a numeração estabelecida (R1 a R8) representa as fases reprodutivas da soja que compreendem desde o florescimento, desenvolvimento dos legumes, enchimento de grãos e maturação. A classificação quanto ao ciclo de maturação da planta é baseada na capacidade de adaptação de determinado cultivar de soja em relação ao ambiente em que está inserida, levando em consideração aspectos como região de produção, procedência da semente, cuidados com o solo e abastecimento nutricional.
As plantas em estádio R1 já atingiram uma altura entre 38cm a 46cm e apresentam-se nos estádios vegetativos com nós completamente desenvolvidos. No estádio R2 pode-se visualizar uma flor aberta em um (dos dois últimos) nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida, planta com altura entre 43 a 56cm. Em R3 percebe-se a vagem com 5mm de comprimento em um dos quatro últimos nós da haste principal e a planta está medindo de 58 a 81cm de altura. Em estádio R4 a vagem já está com 2cm de comprimento em um dos quatro últimos nós da haste principal com folha completamente desenvolvida, medindo de 70cm a 1m de altura. Por fim, em R5 o grão está com 3 mm de comprimento com vagem em um dos quatro últimos nós da haste principal e mede entre 75 a 110 cm de altura.
O manejo e proteção das plantas deve ser realizado ainda em estádio inicial de desenvolvimento, pois é nesta fase, ainda jovem que são identificadas algumas doenças fúngicas como as manchas foliares e ferrugem, principalmente na porção de baixo da planta, estas que podem piorar a partir do momento em que tiver ocorrência de chuvas e essas doenças passarem a contaminar as demais folhas da planta. Também o controle do ataque de pragas deve ser monitorado e acompanhado de perto pelo profissional responsável, para que os danos em produtividade não sejam significativos.
A proteção deve ser tanto da planta quanto da cultura e da produtividade, realizada neste período inicial no qual ainda há a capacidade de aplicar defensivos e obter uma boa penetração do produto aplicado, uma boa cobertura e principalmente atingir as folhas nas quais o inóculo da doença ou praga está presente. Se essa proteção for realizada na fase em que a planta já está adulta, com o objetivo de reduzir aplicações e economizar produtos, pode ser tarde demais e a produção pode ter sido toda afetada por doenças, consequentemente a aplicação de produtos e as despesas serão mais altas.